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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Inocência jornalística

OPINIÃO

Eduardo Azevedo - AGEX
A imparcialidade e o profissionalismo jornalístico são muito discutidos em rodas de conversas entre jornalistas e ainda mais em salas de formação destes profissionais. Nas rodas distribuídas em diversas disciplinas do curso os termos “imparcial” e  “ética” parecem próximos de serem alcançados. É nosso sonho comunicacional de cada aula. Presente, alí, na teoria. Mas na realidade, obviamente, tudo é diferente.
Citaremos como exemplo alguns veículos de comunicação do Tocantins. Neles a falta de profissionalismo é tão grande, que chega a ser absurda. Para esclarecer minha afirmação, explicarei um caso que eu tive o (des) prazer de presenciar. Em um típico dia comum em Palmas, recebi uma notícia sobre um acontecimento em uma cidade onde já morei, no interior do estado. A cidade é Barrolândia.
Como aprendi em algumas aulas na faculdade, e pela informação ser interessante, produzi uma sugestão de pauta bem trabalhada: havia um “possível” título para a matéria, descrição dos fatos, emails e até telefones das fontes para que o veículo que julgasse a notícia interessante,  pudesse ir atrás da informação. O que aconteceu? No outro dia ao acessar tags relacionados com a sugestão que eu havia encaminhado, com intuito de saber se alguma notícia sobre a pauta tinha sido produzida por alguém, percebi, que tinha algo publicado sobre o fato. A surpresa veio na leitura da publicação.
A própria sugestão de pauta que eu enviei, sem modificação alguma, com o nome das fontes e seus contatos, estava lá, exposta em um site de notícias. Afirmo novamente que era somente uma sugestão, que foi publicada como notícia inacabada, e ainda por cima com meu nome no crédito.
Primeiramente o diferencial de um bom mass media é o trabalho feito em cada notícia. É possível, ao ler uma matéria, classificá-la como bem trabalhada ou não. Quando há uma busca sobre a opinião dos  lados referidos em uma informação, por exemplo, (principal tarefa feita por um comunicador para obter a utópica imparcialidade jornalística) vemos a preocupação do veículo em explorar o fato, e se isso ocorre com frequência a fidelização de um determinado público pode ser maior.
Certo de que a tal da imparcialidade também é um sonho meu, ponho-me a suplicar aos veículos, como o citado no exemplo, no mínimo uma produção saudável das notícias. Se não há tempo para trabalhar uma pauta não publiquem a matéria. Simples.
Jornalistas, não queiram. Tenham. Não rascunhem. Contruam. Vamos tirar as mãos dos bolsos e empregá-las em algo útil de verdade. Não as escondam. Não se esconda. Tente e sempre ouse. Um dia o seu esforço será compensado.  A notícia sempre terá valor se houver uma apuração adequada. Vamos, jornalistas, mostrar empenho em nossas produções, e no caso dos responsáveis por meios de informação, cobrança para que aquilo que for informado tenha embasamento, profissionalismo e qualidade.
É um mero conselho de um comunicador em formação, mas que consegue perceber deficiências primárias no jornalismo que o rodeia. Queremos eficiência, apenas.

Para quem quiser acessar a pauta colocada como “matéria” citada no artigo basta acessar o link: http://www.atitudetocantins.com.br/?ctt=noticia.php&IdNoticia=11333 – Site do Jornal Atitude do Tocantins, Gurupi.

Opinião: Eduardo Azevedo, 
Contato: eduardoazevedo18@gmail.com

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