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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CRÔNICA: Cidadão de Palmas enfrenta fila até para comprar paçoca

              Uma realidade um tanto cômica e sofrida se reflete no cotidiano do cidadão palmense, aqui na capital enfrentamos fila para tudo, quando digo tudo não estou exagerando, porque quem freqüenta a feira da 304 Sul (Aquela perto do Espaço Cultural) sabe que até para comprar paçoca temos que enfrentar fila.
             Você pensa que autenticar ou reconhecer uma simples assinatura no 2º tabelionato de Palmas é uma tarefa fácil? Sim é fácil para quem se utiliza da esperteza e coloca uma criança no colo e entra na fila preferencial (o jeitinho brasileiro de resolver as coisas), enquanto isso, o cartório Sagramor fica lotado de pessoas (sorte que tem cadeira para alguns) que esperam a destreza e atenção dos cinco escreventes que são treinados para abrandar a reclamação dos clientes.
               “Não podemos ter um atendente para cada cliente”, diz a escrevente rimadora.
Esta frase feita não ilude. Vemos que estes problemas acontecem corriqueiramente, mais nada se faz para amenizar o sofrimento do cidadão, a demanda cresce, mas os gerenciadores destas empresas continuam acreditando no lucrativo potencial das andorinhas que fazem mal o verão acontecer.
                   E não poderia esquecer as filas dos bancos, aquelas que testam a nossa paciência. Ficaram tão famosas nos noticiários que acabaram sofrendo sanções dos órgãos de defesa do consumidor que determina o compromisso de reduzir tempo de espera dos clientes nas filas de bancos, cerca de 15 minutos nos dias normais, e 20 minutos nos dias de pico.
              De uma coisa temos convicção, seja fila em pé ou sentada, tudo é fila, com cadeira ou sem cadeira elas roubam o nosso precioso tempo, e mesmo com tanta tecnologia parecem que não deixarão de existir.
              E lembre-se: nada é tão ruim que não possa ficar pior, porque depois de enfrentar tantas filas nesta cidade que o sol brilha mais forte, você pode se deparar com o triste fato de ter que enfrentar a espera duradoura das eternas filas assustadoras dos Call Centers de empresas de telefonia que dá bastante “pano para manga” na próxima crônica.

Edinaldo Viana

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