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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Imprudência e aumento na quantidade de motos são as principais responsáveis pelas vítimas de trânsito na Capital

Foto ilustrativa. Fonte: Internet

Quem em Palmas não conhece alguém que já sofreu um acidente de moto? Participar ou presenciar acidentes de motociclistas tem se tornado algo comum no cotidiano dos moradores da capital do Tocantins. Além da imprudência, esse fato pode ser devido ao aumento no número de motos circulando na Capital, que passou de 37.809 em 2010 para 45.699 unidades em 2011, conforme aponta levantamento feito na ultima Semana Estadual de Trânsito.

De acordo com pesquisa desenvolvida pelo Projeto Vida no Trânsito, realizado por meio de parceria entre o Departamento de Trânsito do Tocantins (DETRAN) e o Hospital Geral de Palmas (HGP), 74% dos acidentes envolvem motociclistas.

A estudante Dênia Pinho Pereira, 24 anos entrou na estatística. A jovem conta que o acidente aconteceu em maio de 2011 quando sua amiga Kelly Cristina pilotava uma moto e a carregava na garupa. Ambas foram atingidas por um carro que, em alta velocidade, tentava fazer uma curva em um cruzamento na avenida Theotônio Segurado.

O mesmo estudo do Projeto Vida no Trânsito, que foi realizado em 2011, mostra que o principal motivo dos acidentes de trânsito na avenida Theotônio Segurado é devido a imprudência das pessoas que correm mais que a velocidade permitida na via.

“Tudo aconteceu muito rápido e quando percebi já estava no chão e minha amiga ao meu lado toda machucada”, conta Dênia. De acordo com a estudante, o motorista imprudente não prestou socorro e, que apesar do acidente conseguiram ir ao Pronto Atendimento sozinhas.  No hospital receberam os cuidados necessários e demoraram cerca de um mês para que o organismo se recuperasse das escoriações.

O estudante Renan Portela de Souza, 23 anos, também foi vítima de acidente de trânsito na cidade de Palmas envolvendo problemas de direção em uma rotatória. O episódio que aconteceu no último dia 1° de maio, a princípio, não trouxe grandes ferimentos, porém deixou sequelas que estão tentando ser superadas até hoje.

Renan conta como tudo aconteceu: “eu estava de moto indo em direção a quadra 103 norte e entrei em uma rotatória vazia a uns 50 ou 60 km por hora, quando uma caminhonete de cor prata entrou em alta velocidade.” Informou o estudante.

Sobre os acidentados, Genivaldo Souza, que é enfermeiro do Hospital Geral de Palmas (HGP) e trabalha na ortopedia há um ano e nove meses diz que é comum atender vítimas de trânsito. “Acho que cerca de 90% dos meus pacientes tem algum envolvimento com acidente de trânsito”, informa o enfermeiro. O profissional disse ainda que dentre os acidentados a maioria dos seus pacientes estavam envolvidos com moto.

Para falar sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (SMTT) enviou nota explicando que a fiscalização do trânsito de Palmas abrange o entorno das vias públicas, sem priorizar um ou outro ponto. “O trabalho é feito por agentes que atuam de forma ostensivamente e permanente”, diz a assessoria de comunicação da SMTT.

Na nota, foi informado ainda que a orientação só é feita quando necessário. A pasta pressupõe ainda que todos os condutores estejam habilitados e sejam conhecedores de seus deveres no respeito à sinalização e à direção defensiva.
Daianni Parreira 

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