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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eleição para reitor reinicia os debates sobre paridade entre categorias.

Eleições para reitor na universidade federal do Tocantins previsto para o primeiro semestre de 2012 deu inicio as discussões sobre os princípios da paridade entre as categorias dos docentes, discentes e técnico-administrativos, essas categorias acreditam que para realização de uma eleição justa a paridade deve ser deliberada.
De acordo com o decreto nº 1.916, de 23 de maio de 1996,  a nomeação do reitor e do vice-reitor da universidade deverá ser feita pelo presidente da república, escolhidos dentre os indicados em listas tríplices elaboradas pelo colegiado máximo da instituição, essa lista tríplice é realizada através de uma consulta entre as categorias que, pela lei, o peso da votação é distribuído nos seguintes critérios: 70% aos docentes e 30%, divididos às duas restantes categorias, de discentes e técnico-administrativos.
Essa lei é limitada por sua desigualdade, compreendendo que o número de acadêmicos é superior aos dos docentes, o acadêmico do 6º período de jornalismo Delano Caixeta Duarte demonstra insatisfação com a percentualidade dos votos, “não acho justo e creio  numa distribuição mais igual, porque a instituição não é representada apenas pelos professores e funcionários, o que é mais importante são os alunos que representa muito mais em número quantitativo da instituição do que os professores.”

José Ribamar Ferrreira Noleto Júnior:essa lei que dá 70% aos professores é muito retrograda
 O acadêmico do curso de ciências econômicas José Ribamar Ferreira Noleto Júnior  diz que “essa lei que dá 70% aos professores é muito retrograda até porque foi numa  época que a gente vivia na ditadura por isso temos que avançar para a paridade , que a universidade é um tripé são os professores, os técnicos e os alunos então achamos que deve ser assim a escolha do reitor, tem que ser paridade para que a gente consiga construir uma universidade com a participação de todo.”

Também se percebe que os técnicos administrativos ficam indignados com essa desigualdade como confirma o secretário do curso de ciência da computação Valmir Santos, 35, ele diz que “tem que ser igualitário o voto para todo mundo já que a universidade fala tanto em democracia e autonomia, usa esse discurso fajuto para tentar ludibriar a gente porque o voto nosso é só 15% tem que ter uma explicação lógica nisso  tanto o técnico como o professor é concursado, até hoje não achei uma explicação plausível para isso”.

No ultimo dia 11 em assembleia geral dos sindicatos dos professores foi decidido em sua maioria que os professores apoiariam a paridade nas eleições, o processo eleitoral é aprovado no conselho superior da universidade, e os membros que fazem parte do conselho é representado pelos professores que seguem as determinações do sindicato isso possibilitou a deliberação da paridade para a próxima eleição.
A professora coordenadora Verônica Dantas Meneses do curso de comunicação social falou sobre essa conquista para as eleições 2012, ela parabeniza a decisão pelo conselho superior da universidade, mas não é favor da universalidade de voto.
“Eu considero que foi uma decisão acertada até porque a proporcionalidade ainda continua, o fato é o pensamento da maioria, estudante e técnico terem uma dimensão 15/15 realmente deixa a desejar porque são pessoas que trabalham e se envolvem com a universidade, mas acho que não deve ser voto universal, o justo foi sim a paridade, deu ai o acesso à participação efetiva de todas as categorias que compõe a comunidade acadêmica docente, discente e técnicos administrativos”.


Alynny Mendonça
alynnygrasiellepm@gmail.com



UFT estréia nas Olimpíadas Universitárias

Pela primeira vez na história, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) teve representantes nas Olimpíadas Universitárias, que aconteceu na cidade Campinas-SP em novembro de 2011. Apesar do pouco incentivo para a prática esportiva e da falta de local adequado para o treinamento, a universidade levou quase 60 atletas divididos nas modalidades de voley, basquete, handebol masculino e handebol e futsal feminino. Mesmo sem o incetivo necessário, a equipe de feminina de handebol conseguiu o 4º lugar na competição.

Atletas da UFT rumo à Campinas-SP
A Olimpíada Universitária (JUBS) é um acontecimento esportivo brasileiro que ocorre desde o ano de 2005, e tem como objetivo incentivar e valorizar a prática esportiva entre os jovens das universidades brasileiras. Com o apoio do Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), ele é considerado o maior evento esportivo universitário do país, e reúne anualmente cerca de 3600 competidores.

Mais informações Daianni Parreira (daiannialves@gmail.com) Eduardo Azevedo (eduardoazevedo18@gmail.com)

Meninas em conflito com a lei estão reclusas no presídio feminino

Por Lucilene Campos - damilhomem@gmail.com


Foto: Divulgação
Em Palmas, no Jardim Taquari, o Centro de Apoio Socioeducativo, criado em 2006, até então só atende aos meninos. Segundo as informações do próprio setor, o prédio está sendo ampliado para atender um total de 22 meninas infratoras. A pergunta que não quer calar é: onde estão no momento as meninas que cometem delitos e estão sob a custódia do estado?

De acordo com a conselheira tutelar, Zeroildes Miranda, as meninas estão cumprindo medida socioeducativas no presídio feminino, no mesmo lugar onde mulheres cumprem pena de homicídio, tráfico e outros delitos. Ainda não há divulgação do local em que as menores infratoras cumprirão suas medidas socioeducativas impostas pelo judiciário.

 Segundo informação do próprio CASE, Centro de Apoio Socioeducativo, o prédio está em processo de reestruturação física e atualmente a unidade dispõe de 42 vagas para o sexo masculino. O local é de 33.4 mil metros quadrados. O Governo do Estado, segundo a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, iniciou no dia 18 a reforma parcial das instalações do Centro.

O CASE atende especificamente adolescentes que vivem em conflito com a lei e que já foram sentenciados para cumprimento de medidas socioeducativas de internação, mas todos do sexo masculino, até agora.  O objetivo é regatar e garantir a dignidade humana. Até a presente data, o Centro não está em consonância com o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.

Preconceito – uma barreira na constituição de novas famílias

Por Raymara Santos e Waleson Matheus - walesommatheus@hotmail.com


Foto: Divulgação
Hoje no Brasil há quase cinco mil crianças cadastradas para adoção, em contrapartida, há mais de 26 mil pretendentes a acolher uma criança em seu lar, os dados são do Conselho Nacional de Justiça.

O que chama atenção nestes números é a desproporção da quantidade de crianças em relação à de pretendentes. Ora, se o número de pretendentes é cinco vezes superior ao de crianças, por que o problema não é sanado?

Adotar é uma decisão irrevogável e como tal, requer total certeza da parte daquele que se dispõe a propor atenção e qualidade de vida a uma criança que, por qualquer razão, venha a necessitar de uma família substituta.

O que retarda estes processos não são as questões burocráticas. Na verdade, as exigências dos candidatos a pais é que dificultam as adoções. De acordo com uma pesquisa realizada pelo juiz Nicolau Lupianhes, três fatores são decisivos nesta escolha: raça, idade e indisponibilidade em receber irmãos, uma vez que a justiça prioriza a não-separação de irmãos e a maioria dos candidatos não deseja adotar mais de uma criança.

A fim de esclarece e desmistificar, foi lançada no Tocantins a cartilha “Adoção: amor em ação” destinada às pessoas interessadas na adoção, aos profissionais que atuam nos procedimentos de adoção, tanto do judiciário quanto do serviço social e médico. A cartilha é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Tocantins, com apoio da Escola Superior da Magistratura Tocantinense e apresenta conteúdo informativo e ilustrativo, páginas coloridas e linguagem legível e compreensível.

Segundo o Juiz-corregedor Ruben Ribeiro de Carvalho, “o processo de adoção é simples, mas falta divulgação e interesse, uma vez que se criou um falso conceito de que o processo é lento”.

Conforme a funcionária pública, Francisca Cardoso, que adotou a pequena Julia Cardoso, adotar além de um ato de amor é realização de um sonho. “Muitas mulheres, por problemas de fertilidade, não conseguem gerar um filho. Resta-nos buscar essa opção para realizar o sonho que muitas mulheres possuem”, conta a funcionária pública emocionada.

CAPS – Uma nova página na história das doenças mentais

Por Raymara Santos e Waleson Matheus - walesommatheus@hotmail.com




Neste ano em que é comemorado o 10° aniversário da Lei da Reforma Psiquiátrica, o Tocantins é o único estado que se encontra adequado à proposta do movimento de luta antimanicomial, oferecendo serviços de atenção psicossocial em substituição às internações compulsórias, aquelas realizadas sem o expresso desejo do paciente, em qualquer tipo de serviço de saúde.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) trouxeram um novo modelo de atendimento humanizado, oferecido pela rede psiquiátrica pública, que preza, sobretudo pelos direitos e a liberdade dos pacientes. De acordo com a população de cada município, os CAPS podem ser de tipo I, II, III, AD (Álcool e Drogas) e Infanto-juvenil (CAPSi).

No Tocantins, há 10 unidades do CAPS credenciadas pelo Ministério da Saúde, nas cidades de Araguaína, Araguatins, Colinas, Dianópolis, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso, Tocantinópolis e Palmas, que conta com 02 unidades, sendo uma do tipo AD (álcool e drogas).



O TRATAMENTO NO CAPS

O paciente que chega em crise, entra no plano terapêutico intensivo, sendo necessário que vá à unidade do CAPS todos os dias e fica o dia todo para receber os 22 procedimentos mensais, ministrados pelo médico, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, cuidados de enfermagem, dentre outros programas, oficinas terapêuticas. Este intensivo pode durar até três meses.

Quando melhora da crise, o paciente vai para o semi-intensivo, nesta fase não precisa ir à casa todo dia, vai três vezes por semana. Pode fazer 12 procedimentos por mês. Assim, cria autonomia e reduz a necessidade de ir ao CAPS, podendo ir apenas uma vez por semana.

Segundo a gerente técnica de saúde pública e mental da Secretaria Estadual de Saúde Ester Cabral, após os procedimentos de atendimento do CAPS, a intenção é que se promova a autonomia do paciente e o convívio com a sociedade. “Esta forma progressiva, não diria de alta, mas de autonomia do paciente. Quem olha de fora, pensa que estes estão deixando de ser atendidos, mas não, esta é uma alta acompanhada”, explica Ester.

A intenção é oferecer ao paciente uma forma de autonomia, no período em que ele não está no CAPS, está em outras atividades comunitárias, em curso profissionalizante, se ele tiver condições. “Quando o paciente vai para o não-intensivo, volta para o ambulatório, e recebe acompanhamento, que é um serviço que não é feito mais dentro CAPS”, enfatiza.

O paciente se tiver algum problema, pode voltar para o serviço não-intensivo ou para o semi-intensivo ou, no caso de crise, para o intensivo, explicou a gerente técnica de saúde pública e mental.

Especulação imobiliária frustra sonho da casa própria em Palmas

Por Rubens Gonçalves - rubensgsilva@hotmail.com

A especulação imobiliária e o aquecimento do setor – em função do programa Minha Casa, Minha Vida – estão tirando a possibilidade da população das classes C, D e E de Palmas realizar o sonho da casa própria. Dados da prefeitura da Capital revelam que faltam pelo menos 20 mil moradias na cidade.

A classe C (pessoas com renda entre R$ 1.108 e R$ 4.807) é uma das mais prejudicadas, já que não é suficientemente pobre para conseguir uma habitação popular nem tem recursos suficientes para comprar um imóvel à vista, sem a necessidade de financiamento bancário.

O problema é nacional, mas em Palmas há um agravante: os imóveis estão nas mãos de grandes empresas e do Estado. Na prática, isto significa que o município não dispõe de áreas próprias que possam ser destinadas a projetos habitacionais específicos para as classes menos favorecidas.

O problema é antigo, mas só veio à tona com a polêmica, iniciada na Câmara Municipal, sobre a expansão da área urbana da cidade. Nos últimos dias, arquitetos, acadêmicos, vereadores e empresários se digladiam em discussões públicas sobre o assunto...

O papel da escola no combate as drogas

O aumento do consumo e conseqüentemente da comercialização de crack no Tocantins, como reflexo de uma tendência nacional, já estampa a capa de jornais há um bom tempo e a principal arma de combate a esse mal social é a educação.
              Palmas, como centenas de outras cidades espalhadas pelo Brasil, é beneficiada por um programa voltado para a prevenção às drogas dentro das escolas, trata-se do Programa Nacional de Resistência às Drogas e a Violência – PROERD, que consiste em uma ação conjunta entra a Policia Militar do Estado do Tocantins e as escolas, onde o policial recebe capacitação para prevenir os alunos de entrarem no mundo das drogas através de palestras ministradas em sala de aula. No final de cada semestre na conclusão do curso as crianças elaboram uma redação sobre o que aprenderam com o programa e recebem o certificado PROERD, ocasião que prestam o compromisso de manterem-se longe das drogas e da violência. Dados da PROERD revelam que no estado do Tocantins mais de 22.000 crianças já foram instruídas pelo programa.
   
Segundo a Coordenadora Pedagógica da Escola Municipal Vinicius de Moraes, Marinélia Maciel, este ano, o curso teve inicio em 15 de setembro e dura quatro meses. “O objetivo dessa parceria é mostrar aos alunos como reconhecer pressões que possam surgir como influência de forma negativa no caso de uso de drogas e prática de violência como o bullying, criando habilidades como forma de resistência”.
“A gente aprende que não pode brigar e a dizer não às drogas e também a não praticar o bullying”, afirma a aluna Maria Eduarda Soares, 10 anos. Já a estudante Karen Hellen Castro, 10 anos, diz que se sente preparada para dizer não caso alguém venha a oferecer alguma droga, pois o instrutor fala sobre as conseqüências do uso da maconha, do crack, dos inalantes, até mesmo da cerveja e do cigarro.
Para Lucas Vinicius Miller, 10 anos, “Se caso alguém me oferecer algum tipo de droga como a maconha, o crack ou a cocaína e quiser me obrigar a ter que usar a droga eu vou dizer que a minha saúde é mais importante”.
Um policiamento ostensivo e um programa de saúde voltado para tratar de viciados em crack são medidas governamentais de suma importância no combate à droga, mas que não podem ser adotadas como forma principal na luta contra as drogas. O combate mais efetivo não se dá no policiamento nem nos programas de recuperação, mas sim numa metodologia de diálogo educativo contínuo dentro das escolas desde a educação infantil e também em casa com o aconselhamento dos pais. Ou seja, a principal arma contra qualquer tipo de droga é a educação.
O coordenador do Colégio Dom Bosco em Palmas Celso Lobo, afirma que a orientação dada às crianças e adolescentes deve ser feita em conjunto entre a escola e os pais. “Os pais não podem simplesmente omitir esse tema em casa, a melhor forma de tratar o assunto é com um diálogo sincero dentro de casa, pois de nada adianta a criança receber essa orientação apenas na escola”.
Celso afirma ainda que é papel muito importante da coordenação das escolas, instruírem os professores a tratar do assunto com seus alunos, “deve ser um planejamento integrado entre a direção e os professores e esse tema tem que constar no plano pedagógico de cada escola”.
A aluna de Ensino médio Cristyne Pereira, 18 anos, conta que os fatores que atraem vários jovens ao uso de drogas são inúmeros, mas que esses fatores devem ser expostos em sala de aula. “Alguns amigos meus infelizmente já utilizaram drogas, acho que mais pela curiosidade. Acho que se a escola e os pais mostrarem desde cedo que é um caminho ruim muita gente não começaria a usar”, afirma.
Programas como o PROERD, presente no Tocantins desde 2002 e que já atua em cerca de duzentas e cinqüenta escolas, representam uma iniciativa de tentar frear o aumento do uso das drogas, em especial o crack e o oxi, drogas de devastação física, psicológica e social quase irreversíveis.

Ammy Silva Brito
ammy_silva@hotmail.com
Christopher Gama
campaixao@hotmail.com

Justiça Terapêutica no Tocantins: a solução para infratores dependentes ainda não chegou ao estado

Por Ana Carolina Ribeiro - aninha.ribeiro20@gmail.com

As medidas alternativas são um tipo de solução judicial para “desafogar” o sistema carcerário e possibilitar a recuperação do infrator. As penas alcançam, geralmente, delitos leves, como pequenos furtos e infrações que não exceda a quatro anos.

A prisão pelo conjunto “uso de drogas/crime” se junta às que podem ser evitadas pela aplicação de medidas alternativas. Há cerca de 10 anos, o Brasil possibilita a recuperação dos infratores-usuários de drogas por meio do Programa Justiça Terapêutica, desafogando as prisões. A solução já foi implantada em 20 estados, com destaque especial para Rio Grande do Sul (RS), Rio de Janeiro (RJ), Pernambuco (PE), Mato Grosso (MT) e Goiás (GO). No RS, a ação já possibilitou redução no uso de drogas e no cometimento de atos infracionais. Só em 2007, os promotores de justiça encaminharam quase 600 propostas de tratamento por meio do Programa.

No Tocantins, a medida ainda não funciona. “Não temos a divisão de infratores comuns e usuários de drogas”, conta a psicóloga e coordenadora técnica da Central de Execução de Penas e Medidas Alternativas (Cepema), Ktiúcia de Sousa Sá Ferreira. A Central funciona no Fórum de Palmas (Tribunal de Justiça do Tocantins) e é responsável por fazer com que o apenado cumpra sua pena/medida no convívio com a sociedade, mantendo laços familiares, vínculo empregatício e comunitário.

“O Estado é muito grande, temos muita demanda e nossa equipe é pequena”, justifica a coordenadora. Segundo ela, muitas vezes a Central atende apenas a Capital. Dos mais de mil processos atendidos pela Cepema, apenas 150 se referem à prestação de serviço à comunidade (medida alternativa que mais se aproxima do Programa).

1º Congresso Estadual sobre Drogas
A temática foi suscitada no Tocantins durante o 1º Congresso Antidrogas, realizado em agosto deste ano em Palmas. Na oportunidade, o juiz da Vara de Execuções de Penas Alternativas do TJ de Pernambuco, abordou o tema em sua palestra “A Diversidade de Saberes na Construção de Políticas sobre o Álcool e Outras Drogas”.

Os objetivos da Justiça Terapêutica são possibilitar a prevenção, o tratamento, a reinserção social, a redução de danos através da abstinência total e diminuir a criminalidade.

Exemplo
Em Goiânia (GO), o programa funciona desde outubro do ano passado e já tem gerado resultados positivos. Segundo a coordenadora do setor Interdisciplinar Penal do Tribunal de Justiça goiano, Thayssa Moiana, o PJT (Programa Justiça Terapêutica) atende, em média, cinco casos individuais por dia. “Já foram atendidos 350 novos casos. Atualmente, o percentual de beneficiários regulares (que se mantém regularmente no programa) gira em torno de 52%”, explica a coordenadora.

A construção de uma rede parceira de reinserção social e a elaboração de artigos científicos (e publicação em congressos temáticos) estão entre os planos futuros do PJT da Corte de Goiás. Acompanhe abaixo a entrevista completa com a coordenadora do Programa de Justiça Terapêutica em Goiânia.

·        O programa atende infratores usuários e dependentes de drogas e o objetivo é possibilitar ao indivíduo tratamento e recuperação. Na prática, como isso acontece? Como o infrator é identificado e a quais atividades é submetido?

O infrator vem por determinação judicial, por demanda própria ou por demanda da família (todos aqueles que chegam ao setor são acolhidos e sensibilizados ao tratamento). O infrator pode ser acolhido no Programa quando do processo em tramitação (nesse caso, normalmente, o juiz determina a participação no PJT como condição para liberdade provisória), após a condenação (como uma das penas alternativas) ou nos casos de suspensão condicional do processo (nos casos de juizado em que há acordo antes da instauração do processo em si).

Ao chegar ao PJT, o beneficiário é submetido a um acolhimento e uma avaliação, normalmente dividida em 6 atendimentos, como acolhimento individual, acolhimento em grupo, aplicação de escalas de motivação para, a partir daí, ser encaminhado para o melhor tipo de tratamento na rede social parceira.

O PJT não faz tratamento, mas sensibiliza, encaminha e busca manter a motivação para o tratamento, que é feito juntamente a uma rede social parceira, composta de comunidades terapêuticas, grupos de mútua ajuda, além de serviços governamentais de internação e tratamento ambulatorial para dependentes químicos.

O acompanhamento deste tratamento é feito através de grupos de reflexão (semanais), grupos de acompanhamento (mensais) ou atendimento individual.


·         A equipe multidisciplinar é composta por psicólogos, assistente social e psiquiatra. Qual ação cada profissional realiza junto aos participantes do programa?

A equipe tem função multidisciplinar e, dentro de cada perspectiva, nossa função é acolher, sensibilizar e manter a motivação para o tratamento. Juntamente a isso, buscamos o atendimento a familiares, entendendo que a questão da drogadição é sistêmica e a família deve estar inserida no processo de recuperação. Hoje, nossa equipe conta com três psicólogos (além de um psicólogo voluntário que coordena grupos uma vez por semana), duas assistentes sociais, duas pedagogas, uma administradora e cinco estagiários (sendo dois de Psicologia, dois de Serviço Social e um de Direito).

·         Qual o trâmite processual neste caso?

O acompanhamento no PJT é encerrado em duas ocasiões: quando a equipe entende que ele já está inserido em uma rede estável de recuperação e em processo de reinserção social ou quando é encerrado o prazo máximo estipulado pelo juiz ou pelo processo.

Há uma avaliação qualitativa em que consideramos "sucesso" os casos em que há retomada dos vínculos social, familiares e profissionais do indivíduo. Apesar de buscarmos a abstinência total da droga, nosso foco maior é na reinserção social.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Deflagrada campanha para eleição de reitor da UFT



Com a proximidade da eleição de reitor e vice-reitor da Universidade Federal do Tocantins, começam as especulações sobre os possíveis candidatos. De um lado aparece o atual pró-reitor de pesquisa Márcio da Silveira, do outro o vice-reitor da UFT, professor José Expedito Cavalcante. Para melhor conhecermos as propostas de cada um, sugerimos uma entrevista com os dois pré-candidatos. O vice-reitor, através de sua assessoria nos informou a impossibilidade de nos receber no momento, e solicitou as perguntas por e-mail, que foram enviadas e até o momento não foram respondidas. O pró-reitor de pesquisas recebeu também as perguntas por e-mail e nos contatou propondo uma conversa in loco. O resultado dessa entrevista você acompanha aqui.

Foto: Cláudio Duarte

O professor Márcio Antonio da Silveira, atual pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, pré-candidato a reitor para o mandato 2012/2017.


Duelo conceitual
Disputa para reitoria polariza idéias na UFT


Reportagem: Luiz Cláudio Santana Duarte


Graduado em Engenharia Agronômica, doutor em Agronomia–Fitotecnia/Genética e Melhoramentos de Plantas, ingressou na UFT em 2003, e atua como professor no Mestrado de Água e Energia, e no curso de Engenharia Ambiental.
O candidato recebeu a equipe de reportagem em sua sala, no bloco da reitoria, para falar sobre os planos que envolvem a campanha eleitoral no âmbito da UFT.
O professor falou porque resolveu concorrer ao cargo de reitor, e disse que se sente parte da construção da UFT. Disse também que em seu mandato a prioridade será a consolidação dos cursos que já existem, e que não existem negociações por apoio político em troca de cargos de pró-reitorias. Abaixo, a transcrição da entrevista:


1-  Porque o senhor decidiu se candidatar ao cargo de reitor da Universidade Federal do Tocantins?

Márcio da Silveira - Fui parte efetiva e ativa da criação da UFT. Nesse trabalho na pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação, saímos apenas de um programa de mestrado para treze programas, três de doutorado, dobramos o número de cursos de graduação de 23 para 48, aumentamos em mais de 1000% na pós-graduação, e aumentamos também para 128 os grupos de pesquisas.

2-  A idéia da candidatura veio do senhor, ou das bases aliadas?

Márcio da Silveira - No final de 2010, fui procurado por um grupo de alunos, depois por um grupo de professores e funcionários que sugeriram que meu nome seria bem-vindo nesse processo de sucessão. Conversei com o reitor Alan Barbiero, sondei com professores e funcionários de outros campi para saber das minhas chances, e realmente havia uma possibilidade de enfrentar o debate para continuar esse projeto. E agora, esperamos em janeiro homologar meu nome e da professora Isabel pra concorrer às eleições para reitor no mandato 2012/2017.

3-  Como a sua chapa se posiciona politicamente nesta eleição, situação ou oposição à atual reitoria?

Márcio da Silveira - Jamais poderíamos ser oposição, pois somos parte da construção desta universidade, assumimos os problemas que ela tem, mais também assumimos as grandes conquistas que foram feitas. A UFT era uma Universidade que nem era conhecida, hoje é uma universidade robusta. Começamos a gestão com um orçamento de R$ 4 milhões de reais, hoje a UFT tem o quarto orçamento do Estado, de R$ 150 milhões.

4-  Como você se sente encabeçando uma chapa que está a oito anos atuando na reitoria, você considera que isso é bom para universidade?

Márcio da Silveira – É bom. Nós precisamos continuar o que está dando certo. A universidade é paradoxal, é o lugar de pensar em algo que jamais alguém pensou, é o lugar do diálogo, do debate, da inovação, mas ao mesmo tempo é um lugar conservador. A comunidade sabe que mudanças muito bruscas, nesse grande boing que é a UFT hoje, não seriam muito responsáveis. Cada coordenador de curso, cada diretor de campus, sabe que a manobra tem que ser responsável e calculada.

5-    O senhor não teme ser considerado conservador?

Márcio da Silveira - Eu e a professora Isabel sabemos os limites da inovação, os limites do que pode ser feito. Temos que mudar para ter uma máquina com uma gestão mais moderna, mais eficiente, que possa atender melhor a comunidade, mas temos que preservar o que há de bom. Precisamos consolidar os cursos que aí estão, como por exemplo, a Comunicação Social. Temos que efetivar nossa rádio, construir os laboratórios. A inovação é importante, mas a continuidade também é importante.

6-  O que o senhor considera que aconteceu de bom nessa gestão?

Márcio da Silveira - A UFT tinha 20 cursos, hoje tem 48. Tínhamos problemas de mestrado, tínhamos 13 bolsas para alunos de iniciação científica, hoje temos 496 alunos para iniciação científica. Esse projeto nós queremos continuar, é o que deu certo, agora existem muitas possibilidades de melhorias. Temos 300 doutores, 800 professores, 13 mil alunos. Hoje somos a terceira universidade da Amazônia Legal, ocupamos uma posição importante.

7-    E de ruim?

Márcio da Silveira - Hoje sabemos que a UFT tem áreas muito desconectadas. Um aluno que faz pedagogia em Tocantinópolis, por exemplo, se precisar vir para Palmas, vai ter problemas com algumas disciplinas que não são aceitas no currículo, no mesmo curso. São coisas que precisamos corrigir. Os campi têm que estabelecer uma conversa. Numa primeira fase criamos a estrutura, agora podemos pensar em algo mais, podemos pensar em ousar. Temos que pensar na excelência, na construção do conhecimento de forma coletiva. Criar Institutos para tornar a UFT mais competitiva, com um corpo mais robusto.  

8-  O que o senhor acha que poderia ter sido feito e não foi, durante a gestão do professor Alan Barbiero, e que o senhor gostaria de fazer?

Márcio da Silveira - Acredito que agora entramos num momento mais profícuo, no sentido de condições materiais, para debater conceitualmente questões que não conseguimos fazer. Aglutinar as áreas do conhecimento, criando os institutos; melhorar e aperfeiçoar nossos procedimentos administrativos, que são às vezes lentos, por conta das amarras da lei federal que é muito rigorosa. São algumas das coisas que não fizemos e que podemos fazer.

9-    De que forma os Conselhos participam dessa gestão?

Márcio da Silveira – Nossos conselhos na maioria dos casos atuaram como um grande gerente, autorizando afastamento de professores e contratações de vaga. Acho que essa parte administrativa tem que ser separada um pouco, ela é importante tem que continuar, mas tem que ser numa outra instância, precisamos abrir espaços nos conselhos para debater conceitualmente essa UFT que nós queremos. Deixar que os coordenadores discutam um pouco mais. Nós não tivemos muito tempo, em função dos graves problemas que tivemos que resolver.

10-  Porque a escolha da professora Isabel Cristina Auler Pereira (Pró-reitora de graduação), como vice-reitora, na composição de sua chapa?

Márcio da Silveira – Vários critérios nos fizeram escolher. Não somente por uma questão de gênero, mas também levando isso em consideração. A mulher hoje tem um papel extremamente importante nas universidades, e no mundo de modo geral. Mas, a escolha da professora Isabel foi, sobretudo, pela sua competência, ela tem toda a graduação na palma da mão, os problemas, as possíveis soluções, e muita credibilidade com todos os coordenadores de cursos. 

11- Não foi só para conquistar apoio feminino?

Márcio da Silveira - Precisávamos de alguém com experiência, credibilidade, competência e motivação. Não podemos pensar só em concorrer, se ganharmos precisamos estar preparados para resolver os grandes problemas da UFT. Hoje a universidade exige muito mais experiência, isso é imprescindível para continuar conduzindo e inclusive inovando e fazendo as mudanças que podem ser feitas.

12-  O que o senhor pensa em fazer com relação à ampliação dos diversos Campi da UFT?

Márcio da Silveira - O Conselho Nacional de Educação diz que para ser um campus universitário é preciso ter cinco cursos de graduação e um programa de mestrado. Temos que seguir o que o conselho diz. Precisamos corrigir a simetria que existe dentro da UFT, consolidando o que está muito bom e usar a competência e experiência de nossos professores, de nossos técnicos administrativos, dos alunos em programa de mestrado, e repassar e distribuir essas experiências para outros campi, por exemplo, na criação de novos cursos. 

13-  O que o senhor pensa sobre a criação de novos cursos na UFT?

Márcio da Silveira - As prioridades são os cursos mais antigos, precisamos consolidá-los. Eu tenho defendido que precisamos de consultores, de fora da UFT, de fora do Tocantins, com um olhar diferente, com experiência diferente, descontaminado de paixões, que nos ajude a determinar quais os cursos mais importantes para o Estado, nos campi do interior do Tocantins. Fazer algo planejado, não algo na paixão. Algo decidido com base. Sabermos quanto temos no orçamento para criarmos um curso se temos profissionais com mestrado e doutorado para dar aulas nesses cursos. Palmas não deve ficar de fora da expansão, mas a prioridade são os campi do interior, para criar um equilíbrio melhor. 

14- E sobre os laboratórios, como por exemplo, do curso de Comunicação Social, o que pensa em fazer?

Márcio da Silveira – O caso da Comunicação Social, já está definido no orçamento, temos só que acompanhar, aprimorar e dar mais energia, mais eficiência para que isso saia. Em minha opinião, isso já está licitado, encaminhado, é uma questão burocrática de acompanhar e conduzir o processo. Queremos esses laboratórios funcionando, queremos jornalistas de qualidade, e para isso precisamos de infra-estrutura. Essa é uma clareza que nós temos.

15- Tendo em vista que o orçamento da UFT é o quarto orçamento do Estado, como o senhor pensa em trabalhar de modo a evitar situações como a denuncia feita pelo MPF/TO sobre uma possível contratação ilícita de prestadora de serviços, realizada pela atual gestão?

Márcio da Silveira – Com relação a esse contrato, esse assunto já foi resolvido, não há nada mais pendente, inclusive todas as nossas contas já foram aprovadas pelo Tribunal de Contas da União. Nós temos um procurador a quem consultamos, é ele quem diz ao reitor o que ele pode ou não fazer.  Quando nós incorremos no limite entre o que é possível ou não é possível, e aí está o exemplo de prestadoras de serviços, se não corremos determinados riscos, ficamos, por exemplo, sem funcionários para fazer a limpeza da universidade, em todos os sete campi. Quando chegamos nesse limite entre o que é possível e que pode gerar alguma dúvida, podem acontecer denúncias. Mas aí há justificativas, serviços emergenciais, serviços de limpeza, de segurança pública, até porque o reitor responde pelo patrimônio público da universidade, e aí a justificativa é plausível. 

16- No governo federal é comum a doação de ministérios e cargos públicos em troca de apoio político dos mais diversos partidos aliados. Na busca de apoio, que antecede as eleições para a reitoria da UFT, existem negociações em busca de pró-reitorias?

Márcio da Silveira – Não. Existem às vezes especulações, colegas nos corredores, divagando sobre quem será pró- reitor, mas não existe nenhuma negociação sobre isso. Até porque seria prematuro, leviano, complexo e arriscado aos candidatos proporem isso. Não há, nesse momento, necessidade de se discutir pró-reitorias. O momento de pró-reitorias é à posteriori, depois que se ganha a eleição.

17- Nos últimos dias presenciamos situações bastante complexas em relação à prisão de universitários por uso de maconha em um dos Campus da USP, e de manifestações dos alunos contrários a presença da polícia nas Universidades. Qual a sua opinião com relação às duas situações?
    
    Márcio da Silveira – É o resultado de um modelo político implantado de forma autoritária, reflexo de um modelo falido que a USP insiste em manter, de não ter diálogo. Acho que era uma questão simples de ser resolvida, uma questão de debate, de diálogo. Saber se queremos ou não segurança no Campus. A questão da maconha me parece ter mais como intenção colocar os alunos como drogados e irresponsáveis.
 


Maiores informações através do telefone da redação (063) 3232.8185
Produção: Luiz Cláudio Santana Duarte
 (63) 9247-1798               E-mail: cdsantd@bol.com.br




Comentários:



Luiz Cláudio, demais alunos e professores da Agência,
parabéns por colocarem o curso de Jornalismo onde deve estar: no
protagonismo das discussões do que ocorre na Universidade, na cidade,
no Estado, no mundo. O palco dos acontecimentos é o nosso laboratório
e temos por princípio sermos os provocadores dos debates sociais por
meio das vozes de todos e para todos.
Que venham mais produções cada vez mais afastadas da mídia comercial e
mais próximas do interesse público porque nosso espaço na Universidade
é de experimentação e liberdade. Vamos ocupá-lo!
Abraço
Profa. Marluce Zacariotti.


Eleição para reitor reínicia os debates sobre paridade entre categorias



 As eleições para reitor da UFT ocorrerá no mês de Abril de 2012, esse movimento inicia novamente a discussão sobre os princípios da Paridade entre as categorias dos docentes, discentes e técnico-administrativos, a percentualidade dos votos entre essas categorias é considerada desigual para uma eleição justa. Ontem dia 11 de novembro professores se reuniram para discutir a questão legal da paridade para próxima eleição.

Alynny Mendonça
alynnygrasiellepm@gmail.com

Curiosidades sobre o crak: saiba como surgiu e das conseqüências que provoca ao organismo

A droga que hoje é conhecida como crack surgiu a partir da Cocaína, esta utilizada no início dos anos 60 e conhecida por ser a “droga dos nobres” pelo alto valor cobrado por ela. Por quererem algo que os fizessem ter reações alucinógenas, grupos misturavam pequenas quantidades do Pó de coca com outros elementos. 
Já nos anos 70, depois de muitas tentativas, chegaram a uma mistura derivada do aquecimento da cocaína da água e do bicarbonato de sódio: o crack, já na década de 80, esta droga se tornou altamente conhecida. Vale ressaltar que nesta época quem mais a consumia, eram principalmente as pessoas das camadas mais pobres dos Estados Unidos.
No Brasil ele começou a ficar conhecido no início dos anos 90. Por ser mais barato e tão potente quanto à coca injetada, substituiu a cocaína no país. A forma de uso também ajudou na disseminação, já que ele não precisa de seringa basta apenas ter um cachimbo, este geralmente improvisado.

O que a droga causa no organismo

De acordo com a médica Patrícia Belém, que atua na coordenação da saúde da família da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia - Goiás, o crack é basicamente um estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC). “Então, tudo que advém disso ele pode causar, tanto em nível cerebral quanto do restante do organismo”, destacou a médica, especializada em clínica geral.
Patrícia explicou que causa em nível central, uma sensação de euforia, estado de alerta que pode dar paranóia e alucinações. Já no organismo causa taquicardia, vasoconstricção e essa associação pode até dar um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC).
Conforme matéria especial sobre esta temática no site RBS Notícias do Rio Grande do Sul, a droga traz conseqüências tais como: intoxicação pelo metal, ao aquecer a lata de refrigerante para inalar o crack, além do vapor da droga, ele aspira o alumínio, que se desprende com facilidade da lata aquecida. O metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões e rins.
O dependente pode ainda prejudicar os ossos e músculos. O uso crônico da droga leva à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, chamada rabdomiólise.
Já no sistema neurológico, é comum ocorrer oscilações de humor. O crack provoca lesões no cérebro, causando perda de função de neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos.
O prejuízo cognitivo pode ser grave e rápido. Há casos de pacientes com seis meses de dependência que apresentavam QI equivalente a 100, dentro da média, em teste refeito um ano depois, o QI havia baixado para 80.
Há também doenças psiquiátricas em razão da ação da droga no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves também podem ocorrer como psicoses, paranóia, alucinações e delírios.

Curiosidades
·                    Também é conhecido com “Droga da Morte”.
·                    O nome “crack” surgiu por causa do barulho que emite quando é consumida.
·                    O crack surgiu na em meados da Década de 70 e 80, e tomou grandes proporções mundiais por ser barato e sua produção ser fácil.
·                    Em duas décadas o crack passou a ser uma droga cara, fazendo com que os viciados gastassem ainda mais dinheiro.
·                    O crack eleva a temperatura corporal, podendo levar o usuário a um acidente vascular cerebral.
·                    A droga causa destruição de neurônios e provoca no dependente a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise).
·                    O usuário de crack torna-se completamente dependente da droga em pouco tempo.
·                    Estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício.
·                    Na periferia da cidade de São Paulo, onde o crack é utilizado, fica o nincho onde há o maior crescimento da AIDS no Brasil.
·                    É conhecido popularmente por pedra, pitada, pino, merla, casca, tijolo entre outros.
·                    Em 2002, os prontos-socorros dos Estados Unidos relataram mais de 42 mil casos relacionados ao crack. Esse número caiu, pois em 2001 foram 49 mil casos, mas é bem superior aos 34 mil relatados em 1995.

Daianni Parreira (daiannialves@gmail.com) e Eduardo Azevedo (eduardosemed@gmail.com)