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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eleição para reitor reinicia os debates sobre paridade entre categorias.

Eleições para reitor na universidade federal do Tocantins previsto para o primeiro semestre de 2012 deu inicio as discussões sobre os princípios da paridade entre as categorias dos docentes, discentes e técnico-administrativos, essas categorias acreditam que para realização de uma eleição justa a paridade deve ser deliberada.
De acordo com o decreto nº 1.916, de 23 de maio de 1996,  a nomeação do reitor e do vice-reitor da universidade deverá ser feita pelo presidente da república, escolhidos dentre os indicados em listas tríplices elaboradas pelo colegiado máximo da instituição, essa lista tríplice é realizada através de uma consulta entre as categorias que, pela lei, o peso da votação é distribuído nos seguintes critérios: 70% aos docentes e 30%, divididos às duas restantes categorias, de discentes e técnico-administrativos.
Essa lei é limitada por sua desigualdade, compreendendo que o número de acadêmicos é superior aos dos docentes, o acadêmico do 6º período de jornalismo Delano Caixeta Duarte demonstra insatisfação com a percentualidade dos votos, “não acho justo e creio  numa distribuição mais igual, porque a instituição não é representada apenas pelos professores e funcionários, o que é mais importante são os alunos que representa muito mais em número quantitativo da instituição do que os professores.”

José Ribamar Ferrreira Noleto Júnior:essa lei que dá 70% aos professores é muito retrograda
 O acadêmico do curso de ciências econômicas José Ribamar Ferreira Noleto Júnior  diz que “essa lei que dá 70% aos professores é muito retrograda até porque foi numa  época que a gente vivia na ditadura por isso temos que avançar para a paridade , que a universidade é um tripé são os professores, os técnicos e os alunos então achamos que deve ser assim a escolha do reitor, tem que ser paridade para que a gente consiga construir uma universidade com a participação de todo.”

Também se percebe que os técnicos administrativos ficam indignados com essa desigualdade como confirma o secretário do curso de ciência da computação Valmir Santos, 35, ele diz que “tem que ser igualitário o voto para todo mundo já que a universidade fala tanto em democracia e autonomia, usa esse discurso fajuto para tentar ludibriar a gente porque o voto nosso é só 15% tem que ter uma explicação lógica nisso  tanto o técnico como o professor é concursado, até hoje não achei uma explicação plausível para isso”.

No ultimo dia 11 em assembleia geral dos sindicatos dos professores foi decidido em sua maioria que os professores apoiariam a paridade nas eleições, o processo eleitoral é aprovado no conselho superior da universidade, e os membros que fazem parte do conselho é representado pelos professores que seguem as determinações do sindicato isso possibilitou a deliberação da paridade para a próxima eleição.
A professora coordenadora Verônica Dantas Meneses do curso de comunicação social falou sobre essa conquista para as eleições 2012, ela parabeniza a decisão pelo conselho superior da universidade, mas não é favor da universalidade de voto.
“Eu considero que foi uma decisão acertada até porque a proporcionalidade ainda continua, o fato é o pensamento da maioria, estudante e técnico terem uma dimensão 15/15 realmente deixa a desejar porque são pessoas que trabalham e se envolvem com a universidade, mas acho que não deve ser voto universal, o justo foi sim a paridade, deu ai o acesso à participação efetiva de todas as categorias que compõe a comunidade acadêmica docente, discente e técnicos administrativos”.


Alynny Mendonça
alynnygrasiellepm@gmail.com



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