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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Preconceito – uma barreira na constituição de novas famílias

Por Raymara Santos e Waleson Matheus - walesommatheus@hotmail.com


Foto: Divulgação
Hoje no Brasil há quase cinco mil crianças cadastradas para adoção, em contrapartida, há mais de 26 mil pretendentes a acolher uma criança em seu lar, os dados são do Conselho Nacional de Justiça.

O que chama atenção nestes números é a desproporção da quantidade de crianças em relação à de pretendentes. Ora, se o número de pretendentes é cinco vezes superior ao de crianças, por que o problema não é sanado?

Adotar é uma decisão irrevogável e como tal, requer total certeza da parte daquele que se dispõe a propor atenção e qualidade de vida a uma criança que, por qualquer razão, venha a necessitar de uma família substituta.

O que retarda estes processos não são as questões burocráticas. Na verdade, as exigências dos candidatos a pais é que dificultam as adoções. De acordo com uma pesquisa realizada pelo juiz Nicolau Lupianhes, três fatores são decisivos nesta escolha: raça, idade e indisponibilidade em receber irmãos, uma vez que a justiça prioriza a não-separação de irmãos e a maioria dos candidatos não deseja adotar mais de uma criança.

A fim de esclarece e desmistificar, foi lançada no Tocantins a cartilha “Adoção: amor em ação” destinada às pessoas interessadas na adoção, aos profissionais que atuam nos procedimentos de adoção, tanto do judiciário quanto do serviço social e médico. A cartilha é uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Tocantins, com apoio da Escola Superior da Magistratura Tocantinense e apresenta conteúdo informativo e ilustrativo, páginas coloridas e linguagem legível e compreensível.

Segundo o Juiz-corregedor Ruben Ribeiro de Carvalho, “o processo de adoção é simples, mas falta divulgação e interesse, uma vez que se criou um falso conceito de que o processo é lento”.

Conforme a funcionária pública, Francisca Cardoso, que adotou a pequena Julia Cardoso, adotar além de um ato de amor é realização de um sonho. “Muitas mulheres, por problemas de fertilidade, não conseguem gerar um filho. Resta-nos buscar essa opção para realizar o sonho que muitas mulheres possuem”, conta a funcionária pública emocionada.

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