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quinta-feira, 16 de junho de 2011

A notificação educativa da prefeitura que alerta a população: a não queimar lixo causa divergências

Murrilo Cavalcante – engenheiro ambiental “existe dois lados da história”.


        
A Diretoria de Meio Ambiente do município, juntamente com a secretaria municipal da Saúde e a divisão ambiental da Guarda metropolitana de Palmas, desenvolveram o programa de Notificação Educativa, com a finalidade de coibir a queima urbana e rural, principalmente à de fundo de quintal. Mas o projeto causa divergência de opiniões, de acordo com o engenheiro ambiental Murrilo Cavalcante a situação precisa ser analisada com muita delicadeza, pois existem dois extremos do problema de um lado a sociedade que não sabe o que fazer com o lixo que produz e do outro o poder público tentando de alguma forma sanar os danos que o meio ambiente sofre com as queimadas e os ricos que trazem a saúde da população.
Se as pessoas queimam os lixos em casa geram gazes que vão para a atmosfera e causa danos a saúde dos seres humanos, mas por outro lado é muito mais agravante a saúde e ao meio ambiente descartar esse lixo em aterros sanitários, pois após o apodrecimento esses resíduos domésticos se transformam em gás metano. O metano lembra Murrilo, causa inúmeras vezes mais danos quando chega até a atmosfera do que o gás produzido pelas queimadas. “acredito que a iniciativa da prefeitura não está totalmente errada, mas é preciso analisar a situação com mais amplitude” conta Murrilo. Na opinião do engenheiro o melhor a fazer é dar um tratamento adequado a esse lixo no aterro sanitário e aproveitar esses gases para gerar energia ecologicamente correta.

Deusiano Florentino - Biólogo: “queimar lixo no quintal não é um problema tão grande, quanto não tratar esse lixo nos aterros sanitários.”
A poluição do ar pode ser de várias origens. Assim, tem-se a poluição tóxica causada por gases que apresentam toxicidade, como o dióxido de enxofre (SO2), oriundo principalmente dos vulcões, o óxido de nitrogênio (NO), resultante da queima de combustíveis energéticos a altas temperaturas, o monóxido de carbono (CO), oriundo dos veículos automotores, e outros gases em menor escala, mas igualmente tóxicos.
Deusiano Florentino, Biólogo diz: “queimar lixo no quintal não é um problema tão grande, quanto não tratar esse lixo nos aterros sanitários.” Lembra Deusiano que o país tem mais lixões do que aterros sanitários, “porque aterro sanitário é aquele lugar onde o lixo tem que receber um tratamento, e quando isso não ocorre”, frisa o biólogo “esse lugar se torna apenas um lixão”, que é mais prejudicial ao meio ambiente e a saúde da população do que as queimadas de quintais.

Thompson de Oliveira Turíbio – Biólogo especializado em Ecologia: “boas idéias podem amenizar o problema”.
Thompson de Oliveira Turíbio, Biólogo especializado em Ecologia disse que boas idéias podem amenizar o problema, “uma boa solução para o lixo orgânico das cidades seria o reaproveitamento dele como adubo para hortas comunitárias”. Thompson explica que para aproveitar o lixo em benefício da população sai mais em conta em todos os sentidos, “é mais barato que queimar ou simplesmente jogar no aterro sanitário”, lembra que o que acontece hoje por parte do governo brasileiro não passa de hipocrisia, “enquanto o governo orienta os brasileiros a coletar o lixo de maneira seletiva, quando esse material vai para a lixeira, os lixeiros coletam tudo junto jogando os resíduos separados no caminhão que tornam a se misturar”, adverte que “isso é uma hipocrisia”.
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.


Mais informações: Ellem Cristina
tel: (63) 8443-7742

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