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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cai índice de gravidez precoce mas o problema ainda preocupa.

Foto: ojornal.net
             O número de partos caiu 9% do ano de 2000 a 2008, principalmente entre a faixa etária de 15 a 24 anos, nas regiões norte e nordeste do Brasil, embora exista uma baixa, a gravidez na adolescência ainda é um problema social que dificulta a vida de muitas jovens.
            Engravidar na adolescência é ainda um tabu na sociedade atual, fizemos uma enquete em quatro escolas da rede pública de Palmas e a maioria das adolescentes entrevistadas relataram que teve sua primeira relação sexual aos 13 anos por motivos de curiosidade ou por incentivo e pressão por parte do parceiro.
            São de classe economicamente baixa, sem expectativas de vida e com famílias desestruturadas e algumas vêem em seu parceiro uma ascendência social, uma esperança de vida melhor e muitas vezes acabam se decepcionando por serem abandonadas por estes.
            Todas as adolescentes grávidas e pós grávidas relataram conhecer pelo menos um método contraceptivo e muitas vezes não fizeram uso por acreditar que nunca aconteceriam com elas. Giovana Beker, 15 anos, pós grávida com bebê de 5 meses relata que só passou a usar pílula anticoncepcional depois de engravidar.
            Caroline, 14 anos, diz que não recebeu educação sexual por parte da família e nem por parte da escola, somente orientação da televisão.
            Coordenadoras e orientadoras das escolas visitadas confirmaram a versão da garota, dizendo que realmente a escola sofre uma carência enorme com temas de educação sexual. Mas que dão apoios significativos pra essas meninas, dando conselhos, orientando - as, liberando- as quando necessário, relevando quando chegam atrasadas, dando trabalhos extras entre outros. A coordenadora pedagógica da escola Municipal Darcy Ribeiro, Lucileide Soares Costa diz: “Incentivamos as meninas a ir para escola até o ultimo mês de gestação e apoiamos que tragam as crianças para a sala de aula”.
            A maioria destas meninas não recebe apoio necessário da família, nem dos parceiros e ainda sofre preconceito da sociedade por isso a importância de apoio psicológico e da escola.
            A entrevista entre as meninas revela um ponto fortemente positivo, a maioria delas não pensa em interromper os estudos, isso significa que elas têm consciência de que é a melhor formar de ascensão social.
            Pesquisas do Brasil contra pedofilia revelam que as adolescentes após o nascimento das crianças podem voltar a trabalhar e estudar, mais vai ter posições ou desempenhos inferiores do que aquelas que não tiveram filhos precocemente, ou seja, serão prejudicadas também na vida social e profissional além de ter o psicológico fortemente abalado.



Por Samia Letícia Magalhães 

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