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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Casa do Estudante: estudantes sofrem pela falta de estrutura e segurança, mas comemora aniversário

Confraternização dos moradores da Casa do Estudante de Palmas

Apesar dos problemas de falta de infra-estrutura a casa do estudante possibilita uma troca de experiências muito diversificada e proveitosa, na qual os moradores aprendem a se respeitar mutuamente. No dia 18 de junho, os moradores comemoraram o aniversário da casa com atividades esportivas durante o dia e uma festa à noite.
A Casa do Estudante Jaime Câmara existe em Palmas há três anos. Foi criada pela Secretaria Estadual de Juventude em parceria com Prefeitura de Palmas, governo do Estado e Universidade Federal do Tocantins. Seu objetivo é abrigar estudantes carentes tanto do Tocantins quanto os vindos de outros estados. A seleção para ser morador da casa é feita pela secretaria Estadual de Juventude, responsável pela casa.
A casa conta com 30 quartos (cômodo único) em que moram quatro pessoas em cada um deles. O estudante que chega a casa vai encontrar no seu quarto apenas as camas (duas beliches), duas mesas, duas cadeiras, um tanquinho, um aparelho televisor e um DVD que não necessariamente estão funcionando. O restante dos móveis, como por exemplo, geladeira, fogão, guarda-roupa, armário para a cozinha e alimentação ficam por conta do morador.  A secretaria apenas paga as contas de água e eletricidade.
Os moradores sofrem com a falta de segurança pública. Embora localizada numa boa área da cidade, 203 Norte, o serviço de iluminação pública da quadra é deficitário o que facilita assaltos e outras abordagens inconvenientes. Recentemente Robson de Sousa, estudante de Administração e Lucas Nunes, estudante de Enfermagem foram assaltados ao sair da casa para um passeio. Outro fator que prejudica na segurança da casa é a falta de um vigilante.
Outros inconvenientes assombram os moradores da casa. Já houve época em que a falta de água era constante. O mato cresce frequentemente pelo quintal, podendo ser habitado por cobras e outros animais peçonhentos e ainda problemas com dinâmica do prédio, não existe sistema de escoamento da água no piso, quando o chão é lavado nos andares superiores a água cai na varanda dos outros apartamentos molhando o que estiver por lá. Não há lavanderia e alguns têm que lavar suas roupas em bacias na pia do banheiro.
Laureni Oliveira, 25 anos, estudante de Artes da UFT argumenta que o maior problema da casa é a falta de manutenção e a insegurança. “As pessoas tem uma imagem muito ruim da casa do estudante, pensam que a gente não estuda. É claro que não podemos generalizar, assim como tem pessoas que estudam e querem um futuro melhor tem outros que não estão nem aí pra nada”, complementa Laureni. 


Mais informações:
Kênia Guedes e Judi Ferreira

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