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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Saúde prisional

Diagnóstico da saúde prisional do Tocantins revela situação crítica
FOTO: ELLEM CRISTINA - SESAU: Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins
A situação de saúde dos presos no Tocantins, ainda não é o ideal, tem muito a se fazer, e um dos maiores problemas, se encontra na falta de estrutura das prisões, superlotação, e ambiente insalubre.
De acordo com a gerente de saúde prisional da SESAU- Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins, Patrícia de Oliveira Silva, o objetivo principal do diagnóstico que está sendo realizado pela secretaria, é conhecer a realidade da população prisional do Estado, e propor ações que contribuam, para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestado, que vão desde ampliação do espaço de atendimento, até compra de materiais e remédios para procedimentos médicos dentro das prisões.

FOTO: ELLEM CRISTINA - Patrícia de oliveira Silva, gerente de Saúde Prisional da SESAU diz que “o objetivo principal do diagnóstico que está sendo realizado pela secretaria, é conhecer a realidade da população prisional do Estado”.

O Estado do Tocantins aderiu ao Plano Nacional no ano de 2004, adotando os critérios estabelecidos e elaborou o Plano Operativo Estadual de Saúde Prisional, cujo objetivo é estabelecer as metas gerais e específicas no Estado com vistas a promover, e recuperar a saúde da população prisional, que hoje sofrem de doenças virais, mentais, micoses que se proliferam devido o ambiente úmido das celas, gripes sazonais que se intensificam nos meses de janeiro e fevereiro em todos os anos, hanseníase que se multiplica com a superlotação das celas, além de doenças do coração, hipertensão dentre outras doenças consideradas comuns na sociedade.
Divino Eurípides da Silva, reeducando da CPPP Casa de Prisão Provissória de Palmas, dá a sua opinião sobre esse levantamento e diz que a situação de saúde no presídio onde vive não é a desejada, “precisamos de alguns equipamentos, como ambulância para transporte dos presos, em caso de atendimento fora da unidade de saúde da prisão”, explica, “a ambulância é muito importante porque sou hipertenso e diabético e já passei dos 60 anos”, complementa ainda “espero que o projeto não fique só no papel, mas que possa de fato ser aplicado após o término do diagnóstico”.
FOTO: ELLEM CRISTINA - Divino Eurípides da Silva, reeducando da CPPP Casa de Prisão Provissória de Palmas em consulta na unidade de saúde da CPPP: “espero que o projeto não fique só no papel”


Na unidade de saúde prisional, o reeducando tem disponível serviço de saúde, atendimento médico, psicológico, e social. A enfermeira da Unidade de Saúde Prisional da CPPP, Michelli Marques Pivorar, que atua na casa de prisão há mais de 3 anos diz que muito foi alcançado, como a ampliação do consultório médico, e compra de equipamentos.
Michelli lembra que no início não dava para fazer um atendimento de qualidade, o espaço era muito limitado, hoje já se faz alguns procedimentos na própria unidade, “como pequenas cirurgias, retirada de balas, ou de outros corpos estranhos, removemos cistos, quando tem material para tais procedimentos, além de coleta de exames laboratoriais feito por um laboratório do município”.
FOTO: ELLEM CRISTINA - Michelli Marques Pivorar, enfermeira da Unidade de Saúde Prisional da CPPP: “ Muitos progressos já foram alcançados”.

A Casa de Prisão Provisória de Palmas tem área de 2.039,83m², com 62 celas divididas em 02 pavilhões e uma ala especial, tendo aproximadamente 462 reeducandos, quase o dobro de sua capacidade dentre provisórios e condenados. O que contribui bastante para a piora na saúde dos detentos.
FOTO: ELLEM CRISTINA - Casa de Prisão Provisória de Palmas em dia de visita

As equipes de saúde atendem diariamente dentro dos presídios de 2ª a 6ª feira, nos períodos da manhã e tarde. Nas unidades prisionais onde o número de presos é menor, só há atendimento pela manhã.



Mais informações: Ellem Cristina
tel: (63) 8443-7742



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