A Esplanada dos Ministérios em Brasília, a capital federal, ficou colorida na manhã do dia 18 de maio deste ano. O motivo desta explosão de cores foi a II Marcha Nacional Contra a Homofobia e pela aprovação do Projeto de Lei 122, que criminaliza a homofobia. A manifestação reuniu, segundo os organizadores, mais de cinco mil pessoas dos diversos cantos do Brasil nas largas ruas do eixo monumental.
A criminalização da homofobia é uma maneira de promover a cidadania, combater a discriminação e estimular a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. |
Organizado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, a marcha objetivou chamar a atenção da opinião pública e das autoridades para a realidade vivida pelos homoafetivos, normalmente, marcada pela opressão, marginalização, discriminação e exclusão social em todo o mundo.
O Tocantins esteve presente no evento representado por cerca de 40 pessoas de grupos que discutem gênero e homossexualidade no estado como o Grupo Ipê Amarelo pela Livre Orientação Sexual – GIAMA, Núcleo de Pesquisas “Sexualidade, Corporalidades e Direitos” do campus de Miracema e o Movimento Universitário de Diversidade Afetiva – MUDA, do campus de Palmas que marcharam em prol do reconhecimento dos direitos dos LGBTs e pelo fim da discriminação.
Daniele Braga, componente do MUDA, acredita que esta manifestação veio dar visibilidade ao movimento LGBT e fortalecer a luta contra o preconceito. Braga ressalta a importância das entidades estarem unidas para o fortalecimento de reivindicações e na realização de eventos e debates de gênero e combate à homofobia no Tocantins.
A concentração da marcha começou em frente à Catedral Metropolitana de Brasília pela manhã e seguiu rumo ao Congresso Nacional onde houve um ato na qual participaram dirigentes da ABGLT; Angélica Vidal, mãe de Alexandre Thomé Ivo Rajão vítima de crime homofóbico em junho e parlamentares, entre eles, Marta Suplicy.
Para alguns a Marcha contra Homofobia veio preencher uma lacuna, no âmbito político, deixada pelas paradas do orgulho gay que a cada ano perdem o seu caráter de protesto e visibilidade por uma causa onde a busca por direitos é suprimida pelo narcisismo e nudez exacerbada.
A manifestação terminou com o abraço coletivo ao Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, como forma de agradecimento à decisão da Corte em reconhecer legal a união estável homossexual.
Abraço simbólico ao STF |
Mais informações com Judi Ferreira
judi.ferreira@uft.edu.br
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