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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Aumenta o salário, aumenta as contas.

             O ano de 2012 chegou com novidades para as famílias assalariadas, o governo elevou o salário mínimo de R$ 619,21 para R$ 622,73, um reajuste expedido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através do Oficio nº. 594, do dia 21 de novembro de 2011, um aumento de 14,13% em relação ao atual valor, a mudança na remuneração básica entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2012, mas o brasileiro receberá em sua conta no dia 1º de fevereiro.
             O Cálculo do aumento do mínimo demonstra uma fórmula complicada que foi aprovada e assinada pela Ministra de estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, a nova regra diz que o salário mínimo será reajustado com base na inflação do ano anterior somado ao crescimento da economia de dois anos antes. Com isso, o novo mínimo leva em conta a inflação de 2010 e o PIB (Produto Interno Bruto) de 2009 e 2010.
Ceilane Silva de Oliveira
              Começar o ano com contas acima da média foi o que aconteceu com a moradora Ceilane Silva de Oliveira, vendedora, a mesma levou um susto com a ligação do dono da sua quitinete, “o aluguel para o mês de janeiro será de R$ 400,00” disse Pedro Aquino e Silva, o proprietário da moradia, o aluguel que era de 350,00 foi para 400,00 um aumento abusivo disse a vendedora, o mesmo alegou que o valor estava vinculado ao aumento do salário mínimo, e isso implicaria em vários aumentos nas suas despesas por isso precisava compensar com o aumento do aluguel.
Gildeone de Lima
               Esse caso é um entre vários que ocorreram nesse inicio de 2012, os donos de vários empreendimentos deram as mesmas explicações, outro caso ocorrido foi na lanchonete UAI que fica localizada na universidade federal do Tocantins, o início das aulas foi polêmico com o aumento dos preços em todos os salgados e bebidas, a explicação dada pelo caixa do estabelecimento, Gildeone de Lima o aumento foi para compensar as perdas de lucros, com o reajuste do salário mínimo as mercadorias aumentaram, por isso o reflexo nos preços da lanchonete.
               Os efeitos desse último reajuste salarial tem sido sentido em vários graus no bolso dos trabalhadores além do aluguel que teve um aumento de 11,32 conforme a tabela do IGP-M(Índice Geral de Preços – Mercado), a alimentação registrou alta de 0,33% para 0,56%, conforme IPC (Índice de Preços ao Consumido), esses dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no dia 11 de janeiro deste mês.
Outros aumentos nos preços no último mês foram os medicamentos, aumentaram de -0,39% para -0,02%; os gastos com saúde de cuidados pessoais: de 0,41% passaram para 0,47%; e gastos com transportes, especialmente com a tarifa de táxi, cujas taxas aumentaram de 0,00% para 3,41%.
               As aposentadorias também sofreram com o aumento do salário mínimo, o índice de 14,13% de reajuste somente ocorreu para as pessoas que recebem até um salário, quem recebe acima desse valor que em media é uma população de 9 milhões conforme dados do IBGE, recebeu um aumento de 6,08%, isso implica numa defasagem na renda mensal dessas pessoas que na sua maioria dependem exclusivamente das suas aposentadorias.
Os aposentados sofreram mais com os aumentos dos preços, pois dependem de medicamentos é um gasto que compromete o salário, e sem o aumento justo isso se  agrava ainda mais o orçamento familiar, muitos que recebiam cinco salários agora receberão em media três em relação aos aposentados que recebem um salário.
              Temos outro problema sendo enfrentado o salário-família, este benefício é um direito dado ao trabalhador que tem filhos com até 14 anos de idade, para receber o valor integral o trabalhador tem que receber até R$ 608, com o aumento do salário para 622 as famílias que recebiam R$ 29,43 por criança, a partir de agora vai ganhar R$ 22, mas de acordo com o Ministro da Previdência, Garibaldi Alves, esse problema já foi detectado e será corrigido ainda nesse semestre.
              Isso significa que quase três milhões de trabalhadores que recebem o salário-mínimo vão mudar de faixa e perder o benefício integral, isso é uma perda que vai além das cifras é um comprometimento com os direitos sociais, ao perder um beneficio constitucional o trabalhador acaba sendo lesado e sua valorização fica pendente dentro das amarras burocráticas.
             O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique aprova e respeita que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apóiem e valorizem o aumento do salário mínimo, de acordo com a publicação feita no site Agência Brasil ele declara que essa valorização pelos presidentes ao longo do tempo possa chegar ao aumento real esperado pelas forças sindicais que é o valor estabelecido pela Dieese é R$ 2.500 [Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos].

Maiores informações:

Alynny Mendonça
alynnygrasiellepm@gmail.com

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